Caminhoneiros se mobilizam para nova paralisação nacional
Redação RedeTV!A categoria entende que os compromissos assumidos em 2018 não estão sendo cumpridos
(Foto: Agência Brasil)
O governo acompanha de perto as primeiras movimentações dos caminhoneiros de todo país que começaram a se mobilizar, através do Whatsapp, para uma nova paralisação nacional. A informação foi confirmada ao portal da RedeTV! por Wallace Landim, conhecido como Chorão, presidente das associações Abrava e BrasCoop, que representam a classe.
A categoria entende que os principais compromissos assumidos pelo ex-presidente Michel Temer, em 2018, não estão sendo cumpridos.
O Gabinete de Segurança Internacional (GSI) monitora atentamente o movimento. Os primeiros indícios mostram que a paralisação é cogitada para começar no dia 30 de março.
As primeiras informações são de que, por enquanto, o movimento ainda não tem a mesma força que as paralisações registradas no ano passado, mas há o temor de que mais caminhoneiros se juntem ao grupo, fortalecendo o protesto.
Na pauta de reivindicações da classe há o piso mínimo da tabela de frete. Os caminhoneiros reclamar que as empresas têm descumprido o pagamento do valor mínimo e pedem fiscalização mais rigorosa da ANTT.
A categoria também argumenta sobre o preço do óleo diesel. Os caminhoneiros pedem que o governo estabeleça um mecanismo para que o aumento dos combustíveis seja feito uma vez ao mês, e não diariamente como acontece atualmente.
Paralisação em 2018
A greve dos caminhoneiros por todo o Brasil aconteceu em 21 maio de 2018, durante o governo de Michel Temer, e se estendeu até o dia 30 de maio.
A categoria exigia a diminuição do preço do óleo diesel, que havia subido mais de 50% nos últimos 12 meses. A principal reivindicação eram os impostos que incidem sobre o combustível, como o PIS-Cofins. Eles também exigiam a fixação de uma tabela mínima para os valores de frete.
Com caminhões parados bloqueando parcialmente as rodovias, combustíveis deixaram de ser entregues em diversos postos e outras atividades que esperavam matéira-prima e produtos essenciais, como alimentos, também ficaram desabastecidos.
O movimento começou a perder força após um acordo entre alguns representantes da categoria e o governo.