13/02/2019 09:27:00 - Atualizado em 13/02/2019 12:03:00

Anistia Internacional aponta contradições no caso Marielle Franco

Redação/RedeTV!

(Foto: Arquivo/Guilherme Cunha/Alerj)

A Anistia Internacional apresentou, nesta quarta-feira (13), novo levantamento intitulado "O labirinto do caso Marielle Franco e as perguntas que as autoridades devem responder", no qual reúne informações veiculadas publicamente sobre as possíveis contradições ao longo das investigações da morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes.

O documento enumera 20 perguntas que não foram esclarecidas pelas autoridades 10 meses após o crime.

“O que já foi revelado publicamente sobre o assassinato de Marielle levanta sérias preocupações da Anistia Internacional em relação a possíveis negligências, interferências indevidas, ou o não seguimento do devido processo legal durante as investigações. As autoridades devem responder às perguntas que agora são feitas sobre pontos críticos do caso. A Anistia Internacional continuará monitorando o caso até que todas as perguntas tenham sido respondidas e o caso, solucionado” diz Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

O levantamente apresenta questionamentos em torno dos seguintes temas:

Disparos e munição

A arma do crime

Os carros e aparelhos usados pelos criminosos

As câmeras de segurança

Procedimentos investigativos

Responsabilidade e competência das investigações

Acompanhamento externo

Andamento das investigações.

“O que esperamos das autoridades é que impulsionem uma investigação imparcial, independente e exaustiva sobre este crime e que respondam a cada uma dessas perguntas colocadas pela Anistia Internacional. E, acima de tudo, esperamos que as autoridades afirmem seu compromisso de garantir que as investigações cheguem aos verdadeiros responsáveis por esse crime brutal, e que identifique tanto os executores, quando os mandantes e a motivação", explica Werneck.

Recentemente, foram detidos Maurício Silva da Costa, conhecido como Maurição, da associação de moradores de Rio das Pedras, e o major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira, suspeitos de envolvimento na morte da vereadora e de Anderson.

A força-tarefa nomeada "Os Intocáveis", em Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro, mobilizou 140 policiais. Na ocasião, a justiça expediu 13 mandatos de prisão preventiva contra a organização.

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