Aluna é impedida de entrar na aula por usar bermuda
José Maria Tomazela/Agência EstadoDe acordo com a mãe, a menina foi obrigada a ficar no pátio das 7h10 às 15 horas, exposta às brincadeiras e humilhações de funcionários e outros alunos. Além das aulas, a menina perdeu uma prova surpresa que, segundo a mãe, não seria reposta. A estudante, que é uma criança tímida, ficou muito abalada, segundo a mãe. Ela considerou que a diretora da escola agiu com preconceito, por ser evangélica, e procurou a polícia.
O boletim de ocorrência só foi registrado nesta quarta-feira (21). "A escola não aceita saia ou calça acima do joelho, mas era um caso de saúde", reclamou a mulher. A diretora Arlete Inhaia negou ter conhecimento do problema de saúde da aluna e disse que a escola adota como norma o uso do uniforme escolar. Sem ele, o aluno não pode entrar na classe.
A Secretaria de Educação do Estado informou que a adoção do uniforme é opcional e cabe a cada unidade decidir sobre o uso, com aprovação do Conselho da Escola e Associação de Pais e Mestres (APM), com alternativas para possibilitar a todos a aquisição da roupa. Informou, ainda, que "o uso de uniforme não é obrigatório e a estudante não pode ser impedida de participar das atividades escolares ou ser exposta a qualquer situação vexatória pela ausência de roupa padronizada". Uma equipe de supervisores da Diretoria Regional de Ensino vai à escola quinta-feira para verificar a situação e garantir que as atividades perdidas pela aluna sejam repostas.