Tradicional Desfile dos Barcos e regata Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil abrem a competição 

(Foto: Acervo SIVI/Aline Bassi e Edu Grigaits / Balaio de Ideias) 

Tudo pronto para iniciar a 49ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela. A maior competição de vela oceânica da América do Sul começa neste domingo (24), com o tradicional Desfile dos Barcos no Canal de São Sebastião, às 11h. 

Logo em seguida, às 12h10, será dada a largada para a regata Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil – classes ORC, BRA-RGS (A e B) e Clássicos. Na sequência, às 12h20, largam os veleiros da BRA-RGS (C), Bico de Proa (A, B e C), Mini e Multicasco na Regata Ilha Toque Toque e, por fim, às 12h30, os veleiros C-30 e HPE-25 na Regata Renato Frankenthal. 

“Esse ano temos a participação de 115 barcos e cerca de mil velejadores do Brasil e da Argentina. O Yacht Club de Ilhabela montou uma estrutura que oferece as melhores condições possíveis para um bom desempenho dos competidores. Com certeza, o público irá acompanhar disputas equilibradas em todas as classes e será um evento inesquecível”, explica Cuca Sodré, diretor técnico da Semana de Vela de Ilhabela.

Com quatro participações nos Jogos Olímpicos e duas medalhas de bronze (Seul 1988 e Atlanta 1996), Lars Grael comenta seu retorno à SIVI e analisa a participação do barco Argos, da classe ORC, na Regata de Alcatrazes.

“Para mim foi um prazer reencontrar a tripulação do Argos, um barco de Ubatuba, que tem como comandante o Jaime Cupertino. É uma tripulação experiente de Ubatuba e traz elementos que vinham velejando há algum tempo e um amigo de uma vida inteira como o Clínio de Freitas, e tem o Alfredo Rovere, que é um bom proeiro. A nossa ideia é tentar fazer o melhor possível porque o Argos não é favorito. Mas vamos tentar fazer uma boa regata. O treino de sexta-feira já deu pra ter uma ideia dos afazeres que precisamos fazer no barco para melhorá-lo pra regata deste domingo. A previsão é de vento muito fraco e isso se torna um desafio, a não ser que o vento surpreenda positivamente. Então é fazer a preparação e já estar mentalizando para a estratégia, para tática para suportar uma calmaria muito grande”, garantiu Lars.

Quem está de volta à Semana de Vela de Ilhabela após onze anos é o bicampeão olímpico Robert Scheidt, que será o timoneiro do Caballo Loco. O velejador explica um pouco da sua função no barco da classe C-30 em barco comandado por Mauro Dottori.

“O timoneiro tem que estar muito concentrado com a velocidade do barco, em fazer o barco andar na maior velocidade que é possível. Então ele conversa muito com quem está regulando as velas, a da frente e a grande. Também na largada é muito importante o posicionamento que o timoneiro vai dar, a aceleração para a largada, o tempo, para tentar colocar o barco em vantagem. O timoneiro é uma posição bastante importante, mas como é uma engrenagem todas as funções são importantes, principalmente a comunicação entre os tripulantes”.  

Além de Robert Lars e Clínio, o evento tem as presenças dos bicampeões olímpicos, Torben Grael (Lady Lou) e Martine Grael (Danadão). Os velejadores olímpicos Marco Grael (Phoenix), Samuel Albrecht (Crioula 52) e Gabriela Nicolino (Danadão) também estão presentes, assim como André Fonseca (Phoenix), o Bochecha, com participações olímpicas e na The Ocean Race, a Regata Volta ao Mundo. Maurício Santa Cruz (Three Musketeers), pentacampeão mundial e com dois ouros Pan-Americanos, também marca presença.