Nikki Hiltz será a primeira pessoa trans não-binária a representar os EUA nas Olimpíadas
Redação RedeTV!Outros atletas trans da Nova Zelândia e do Canadá também já deixaram a sua marca nos Jogos Olímpicos
(Foto: The New York Times)
Em um marco histórico para o esporte e para a comunidade LGBTQIA+, Nikki Hiltz se tornou a primeira pessoa trans não-binária a representar os Estados Unidos nas Olimpíadas. Hiltz competirá na corrida de 1.500 metros em Paris 2024, após bater recorde na seletiva olímpica americana com um tempo de 3 minutos, 55 segundos e 33 milésimos.
Pessoas trans não-binárias, como Hiltz, não se identificam com o gênero designado ao nascimento e muitas vezes não se encaixam nos padrões tradicionais de gênero feminino ou masculino. Em alguns casos, essas pessoas podem ter uma identidade que combina ambos os gêneros ou que se vê fora de ambos.
No contexto das competições esportivas, a participação de atletas transgênero tem sido um tema de intensos debates e regulamentações. No entanto, Nikki Hiltz pode competir nas Olimpíadas porque nunca fez terapia hormonal, permitindo-lhe evitar as restrições impostas a competidores transgênero.
Em março de 2023, a World Athletics, entidade reguladora do atletismo mundial, divulgou novas regras que proíbem a participação de mulheres trans que iniciaram a transição após a puberdade masculina em disputas femininas.
Outros atletas transgêneros e não-binários também já deixaram sua marca nos Jogos Olímpicos. Laurel Hubbard, halterofilista da Nova Zelândia, se tornou a primeira mulher transgênero a competir em uma Olimpíada nos Jogos de Tóquio 2020. Quinn, jogador de futebol canadense, fez história ao se tornar a primeira pessoa trans não-binária a ganhar uma medalha.
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