Após vender craque, clube ucraniano doará R$122 milhões para ajudar na guerra
Caio Fonseca/Redação RedeTV!O valor será desembolsado da transferência de Mykhailo Mudryk para o Chelsea
Foto: Divulgação/UEFA
O presidente do Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov, anunciou nesta segunda-feira (16) que doará 22 milhões de euros (cerca de R$122 milhões) para ajudar a Ucrânia no conflito contra a Rússia. O valor será retirado da transferência do atacante Mykhailo Mudryk para o Chelsea.
Mykhailo foi negociado com os Blues por 100 milhões de euros (cerca de R$550 milhões), sendo 70 milhões de euros já garantidos aos ucranianos e 30 milhões em variáveis.
"É por isso que decidi lançar o projeto "Heart of Azovstal" - para ajudar os defensores de Mariupol e as famílias dos soldados mortos. Sua façanha não tem análogos na história moderna. É graças a eles, seu sacrifício e coragem em conter o inimigo nos primeiros meses da guerra que hoje todos nós sentimos a inevitabilidade da Vitória da Ucrânia", disse o presidente do Shakhtar para depois completar.
"Hoje, estou alocando 1 bilhão de hryvnias (moeda da Ucrânia) para ajudar nossos soldados e defensores, bem como suas famílias. Eles serão direcionados para várias necessidades, desde tratamento, assistência psicológica, próteses e até a implementação de solicitações direcionadas".
Curiosamente, essa não é a primeira vez que o Chelsea acaba se envolvendo de forma indireta no conflito armado na Ucrânia. Seu antigo dono, o russo Roman Abramovich, foi obrigado a vender o clube após o governo inglês ter congelado seus bens. Ele é ligado a Vladimir Putin, presidente da Rússia.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia teve início em fevereiro de 2022, e estima-se mais de 240 mil mortos entre civis e militares.