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Mesmo com "Rock" no nome, o Rock in Rio vai muito além disso!

A apresentação no dia das 'brasilidades' deixou isso evidente

(Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Lembro-me de quando era pequeno, ouvindo meu pai contar sobre os shows de Cazuza e Queen no Rock in Rio. Tudo que me restaram foram as memórias dele sobre esses momentos históricos. O tempo passou, artistas se foram, mas o legado ficou, e entre essas lembranças, o Rock in Rio continua vivo até hoje. No entanto, o festival que nossos pais presenciaram é bem diferente daquele que acompanhamos atualmente.

Desde sua criação, o Rock in Rio trouxe ao público brasileiro artistas icônicos do rock, antes distantes de muitos fãs no país. O festival foi uma oportunidade única de aproximação com grandes nomes internacionais, o que o tornou um marco. Entretanto, ao longo dos anos, surgiram comentários sobre uma "diminuição" na presença de artistas que representassem o rock de forma tão contundente quanto antes.

Vivenciando o épico

Nos sete dias de evento, os ingressos se esgotaram, e os presentes puderam conferir parte das 750 atrações. Foram mais de 730 mil pessoas, incluindo turistas de 31 países, todos imersos na energia única do festival.
No dia 21 de setembro (sábado), estivemos na Cidade do Rock para conferir as atrações no dia dedicado à "brasilidade". Embora esse dia não tivesse foco em artistas internacionais, ficou claro que o evento busca ampliar seu alcance. Nos outros dias, diversos artistas internacionais subiram ao palco, mas alguns ícones do rock não brilharam como esperado — um ponto subjetivo que não é o foco desta análise.

Ao vivenciar o festival de perto, notamos uma mistura de estilos no palco: rap, trap, samba, pop e outros gêneros se fundiram ao rock. É evidente que a estratégia do evento não é abandonar suas raízes roqueiras, mas se reinventar para atrair novos públicos. O que nossos pais vivenciaram no passado é bem diferente do que vemos hoje, refletindo uma nova fase do Rock in Rio.

O festival e a adaptação às mudanças

É importante considerar que não estamos mais nos anos 90 ou 2000. Os tempos mudaram, e o Rock in Rio não é mais focado exclusivamente no rock. A nova geração demanda diversidade, e o festival precisa se adaptar para continuar relevante e atrair um público variado. Nos últimos anos, o Brasil passou a receber uma quantidade impressionante de shows internacionais, algo que antes era raro. Sendo um dos maiores eventos do país, o Rock in Rio precisa refletir essa mudança. E foi exatamente isso que fez, com surpresas como Chitãozinho e Xororó. Mesmo com alguns problemas de organização e atrasos, o saldo geral foi positivo, e é certo que essas questões serão aprimoradas nas próximas edições.

E sobre o rock 'n roll...

Não pretendo discutir se os shows foram bons ou ruins, pois isso é subjetivo. No entanto, era perceptível, entre uma apresentação e outra, se o público estava ou não em sintonia com o que acontecia no palco. Essa percepção serve como aprendizado para os próximos eventos, visando melhorar a experiência do público.

Muitos comentaram sobre a aparente ausência do rock no Rock in Rio, especialmente em um ano com grandes shows de artistas como Mariah Carey e Akon. Porém, é importante lembrar que o rock não foi totalmente deixado de lado. No sábado em que comparecemos, houve sim apresentações voltadas ao gênero, embora o evento tenha enfrentado alguns problemas, como atrasos. Ainda assim, a essência do rock estava presente.

É verdade que o gênero pode não estar tão em alta no momento, com o pop dominando a cena musical. No entanto, isso não significa que o rock deixou de ser um dos pilares do festival. Ele ainda atrai um público diversificado, que não se limita ao som pesado da guitarra, mas aprecia a mistura de influências e estilos que o evento abraça.

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