Amigo do cantor João Paulo, Comandante Hamilton fala sobre a perda do músico: "Sentia ele comigo"
A entrevista completa com Comandante Hamilton será exibida no ‘Sensacional’ desta terça-feira (26), às 22h30, na RedeTV!
(Foto: RedeTV!)
Nesta terça-feira (26) o 'Sensacional' aterrissa em um hangar para uma entrevista exclusiva com o pioneiro em coberturas aéreas: Hamilton Alves da Rocha, o Comandante Hamilton.
Na atração, exibida às 22h30 pela RedeTV!, a apresentadora Daniela Albuquerque assume o comando de um bate-papo intimista com o veterano da aviação, que abre o coração sobre as quase quatro décadas de carreira.
Aos 65 anos de idade, o piloto recorda sua trajetória, repleta de histórias que marcaram o Brasil, como o acidente de avião da banda Mamonas Assassinas, em março de 1996, e do sertanejo João Paulo, em setembro de 1997, que faleceu após o carro capotar na rodovia dos Bandeirantes.
"Os meninos ficavam lá no estúdio [do Domingo Legal] e a gente conversava bastante. Eles eram muito naturais. Estavam sempre brincando, rindo o tempo inteiro. Eram crianças", relembra o piloto sobre a relação que mantinha com os integrantes do grupo que fez sucesso meteórico no país.
"Foi um choque. Fiquei o dia inteiro fazendo imagens do resgate. Acompanhamos o tempo inteiro", conta Hamilton sobre a intensa cobertura na ocasião. "Uma coisa muito triste, é que as pessoas começaram a pegar peças do avião e levar embora, como se fosse uma recordação", pondera ele ao ‘Sensacional’.
Amigo de João Paulo, o Comandante compartilha que foi árdua a tarefa de levar o corpo do cantor de volta a Brotas, onde o músico morava com a família. "Lembro quando decolei, o voo de 40 e poucos minutos parecia uma eternidade.Tentava falar [para mim mesmo]: 'Ele não está aqui'. Eu nem olhava para o lado”, desabafa o piloto. “Sentia que ele estava comigo. Como se o espírito dele estivesse junto, alguma coisa assim. Foi muito ruim, muito", lamenta.
Trabalhando há 28 anos em coberturas para TV, Comandante Hamilton confessa que toda experiência não foi suficiente para lidar com a perda de João Paulo. “Estamos acostumados a ver muita coisa, ainda mais no jornalismo. Vemos cada imagem que assusta, e [ainda assim] conseguimos manter a neutralidade e não deixar que isso ultrapasse a barreira, mas ele ultrapassou", garante.