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Novembro Azul: como a IA auxilia no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata

Revolucionando a área da saúde, a Inteligência Artificial é forte aliada ao combate de doenças 

(Foto: Freepik)

A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente cotidiano das pessoas, otimizando atividades complexas e oferecendo maior praticidade e comodidade aos usuários. Na área da saúde não poderia ser muito diferente. A cada dia as novas tecnologias se provam extremamente relevantes no diagnóstico e planejamento terapêutico de doenças, como o câncer de próstata.

Mês mundial de combate ao câncer de próstata, o ‘Novembro Azul’ surgiu com o objetivo de sensibilizar e conscientizar as pessoas com a glândula em relação aos cuidados com a saúde e prevenção contra a doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), um em cada nove homens receberá o diagnóstico do tumor ao longo de sua vida, sendo que a cada 41 homens, pelo menos um morrerá de câncer de próstata.

Segundo Regis Otaviano França Bezerra, radiologista do Hospital Sírio-Libanês – associada Abramed – e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), a IA pode servir como uma importante aliada para detectar, através de exames de imagem, anormalidades sutis ou áreas suspeitas de câncer de próstata, já que a tecnologia possibilita uma análise mais precisa, extraindo dados tanto da patologia quanto da imagem.

Outro ponto em que a inteligência artificial auxilia é no armazenamento da jornada do paciente, guardando e organizando informações como idade, histórico familiar e níveis de biomarcadores, o que acabam auxiliando na análise mais personalizada do indivíduo.

“Quando lidamos com volumes substanciais de informações, como dados clínicos, de imagem, de patologia e histórico familiar, a integração dessas informações em sistemas de inteligência artificial possibilita o fornecimento de suporte para decisões clínicas mais precisas e embasadas”, salienta Regis.

O monitoramento do progresso da doença também pode ser mensurado por essas tecnologias, possibilitando que a resposta ao tratamento e a evolução do câncer de próstata sejam acompanhados de perto. 

Um estudo conduzido pelo médico patologista Leonard Medeiros, líder de pesquisa no Grupo Oncoclínicas, e intitulado “Aplicação independente no mundo real de um sistema automatizado de detecção de câncer de próstata de nível clínico” revelou uma maior precisão e eficiência no diagnóstico do câncer de próstata com a aplicação da inteligência artificial.

Isso porque a análise digitalizada do tecido prostático reduz a possibilidade de falso negativo ao detectar áreas menores do câncer que poderiam passar despercebidas pelo método tradicional com microscópio. De acordo com Medeiros, com o uso dos algoritmos, as taxas de falso negativos são reduzidas a metade, saindo de 2% e 4%, segundo a literatura médica, para 1% e 2%. 

Os exames para o rastreamento do câncer de próstata devem se iniciar a partir dos 45 anos, em casos onde já existe histórico familiar da doença, ou a partir dos 50, para a população geral. O diagnóstico da doença é feito através do exame de sangue Antígeno Prostático Específico (PSA) em associação ao toque retal.

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