Detox digital: a vida além das redes sociais
Famosos decidem se afastar das mídias sociais
(Foto: Reprodução/Freepik)
As redes sociais fazem parte do seu cotidiano? Você já se perguntou como seria seu dia a dia sem olhar seu celular? Já ouviu o termo “Detox digital”?
O método de se afastar das redes está sendo adotado por diversas celebridades. Na última semana, a coach Maíra Cardi anunciou que deixará seu perfil no Instagram por um período. No entanto, a esposa de Thiago Nigro não foi a única a se afastar das plataformas sociais.
No início do mês, Fernanda Paes Leme contou aos seus seguidores que ficará um período longe. “Mas o fato é que nesse momento não quero me preocupar com engajamento, métricas, conteúdos, virais... E tá tudo bem”, escreveu a atriz.
Entre os famosos o detox digital ganhou bastantes adeptos, com objetivo de se afastar das cobranças, críticas e comparações. A medida é aprovada por especialistas.
O psicólogo, mestre e doutor em Neurociência do Comportamento, Yuri Busin, afirma que na atualidade as pessoas estão dependentes das redes sociais e é aí que mora o perigo. “Hoje podemos notar pessoas muito dependentes das redes sociais. Onde elas não conseguem viver sem acessar, é como se fosse um processo de dependência química. Se não tem aquilo é como se criasse uma ansiedade”, diz.
Mesmo sendo algo muito presente no dia das pessoas, as redes são novas na vida humana. Para o especialista, a relação entre as pessoas e as plataformas é de aprendizado. Contudo, o principal é entender que os perfis não são uma realidade.
“A gente tem se tornado cada dias melhor em maquiar a vida nas redes sociais, aquilo não é a realidade. Aquilo é o que queremos mostrar para o mundo em busca de uma aprovação e elas funcionam muito bem”, destaca Busin.
O desespero em conseguir likes é explicado pelo psicólogo como um ciclo vicioso de aprovação, que faz parte da vida humana. “A gente posta recebe o like como aprovação, se tornando um ciclo (…) Isso é natural da pessoa em querer ser amado”.
As mídias sociais são grandes fontes de dopamina e serotonina, os hormônios da felicidade, podendo causar vícios. Por isso, Busin alerta que o uso excessivo pode causar ansiedade, depressão e sentimentos negativos, devido à comparação com a vida das demais pessoas. “É necessário limites e escolhas melhores do que você consome e ter clareza do que aquilo realmente é”.
O especialista aconselha que as redes sociais não são a realidade. “A vida é muito além de uma tela!”