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Caso Faustão: entenda como funciona um transplante de coração

Mais 65 mil pessoas estão na fila de transplantes de órgãos

(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Internado desde 5 de agosto, o apresentador Fausto Silva foi incluído na fila de transplante do coração, segundo divulgação do Hospital Albert Einstein, neste domingo (20). 

No Brasil, o número de pessoas que aguardam por transplante de órgãos é um dos maiores, nos últimos 25 anos. Segundo o Ministério da Saúde, mais 65 mil pessoas estão na fila de transplantes de órgãos, sendo 386 pacientes à espera de um coração. 

O órgão é considerado o principal músculo do corpo e ao enfraquecer, ele deixa de mandar sangue suficiente para todas as células do organismo, apresentando uma insuficiência cardíaca refrataria, conforme explica o cardiologista do Hospital Sírio Libanês, João Vicente da Silveira. 

“O coração, geralmente, cresce e dilata na sua grande maioria pela pressão alta sem controle e quando o coração apresenta um infarto agudo do miocárdio, ocorre uma morte de um pedaço do coração. Aquela parte fica necrosada e enfraquece, com tempo e decorrer dos anos o coração enfraquece”, destaca João.

Mesmo o coração sendo o quinto órgão com mais pessoas na fila de espera, a situação de quem aguarda o transplante é mais complicada, já que a doação só ocorre a partir de morte cerebral do doador. O cardiologista explica que é necessária uma compatibilidade entre doador e receptor. 

“O doador precisa ser compatível com o receptor com quem vai receber, então são feitos vários exames. A partir do momento em existe essa compatibilidade é preciso ver o peso, altura, área de superfície corpórea”, afirma. 

A fila de transplante é gerenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo única no Brasil, com critérios de elegibilidade e ordem. “Gerenciado pelo Ministério da Saúde, a fila é respeitada pelo degrau de complicação. Quando o paciente é mais grave e está internado na UTI, configurasse uma necessidade maior para receber o coração”, comenta o médico. 

O cardiologista ainda destaca que existem casos onde o paciente  não está apto para realizar o procedimento. Para entrar na fila é necessário realizar diversos exames, entre eles, o cateterismo, para verificar se o pulmão não tem hipertensão, em casos de hipertensão pulmonar fixa, ele não pode realizar o transplante. 

Após a cirurgia, o paciente passa por um longo acompanhamento até ter o quadro estabilizado para evitar riscos. “As chances de complicações existem por infecção e por rejeição. A rejeição leva a uma infecção. Então, o paciente que recebe o coração passa por várias análises, para constar se existe a rejeição. Se opa, existem remédios específicos que tratam e melhoram a cirurgia, não havendo rejeição. A análise é muito precisa, feita dia a dia até haver uma estabilização”, afirma João. 

O cardiologista ainda destaca que existem casos e casos, sendo assim, ao entrar na fila de transplante, o paciente pode aguardar a realização da cirurgia em casa, no entanto, em casos muito graves, é necessário um cuidado hospitalar. “Se a gravidade não é tão extrema, o paciente pode ir para casa, ele fica com o celular e a equipe de transplante, no momento, que recebe um coração compatível, liga para ele ir para o hospital. Quando os pacientes estão muito graves e precisam de coração artificial ou medicamento na veia, esse paciente fica internado na UTI”. 

João Vicente cita quais os cuidados que as pessoas devem ter para evitar complicações cardíacas, chegando a ser necessário passar por um transplante. 

“Passar em consultas médicas regulares, se faz necessário, já que uma vez que as pessoas desenvolvem um infarto agudo do miocárdio, esse infarto vai ser o ponto inicial que vai enfraquecer o coração e pode complicar lá na frente, e como tempo se não tiver um tratamento adequado, esse paciente pode ser submetido a um transplante do coração”.

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