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Bebê de 3 meses morre após ingerir mistura de leite com fubá: especialistas alertam para os riscos

Introdução alimentar é recomendada para bebês após os 6 meses

(Foto: Reprodução/Freepik)

Nesta semana, um bebe de três meses morreu após ingerir uma mistura de leite de vaca, fubá, sal e açúcar deita pelos pais, em Minas Gerais. A criança teria começado a passar mal 20 minutos após comer. O bebê faleceu após a piora em um quadro de insuficiência respiratória aguda. 

O caso criou um alerta, em relação a ingestão de alimentos em bebês menores de seis meses. A nutricionista clínica e materno infantil Caroline dos Santos explica que o recomendado para bebês nessa faixa é não oferecer nenhum tipo de líquido, além do leite materno, que é capaz de nutrir e hidratar a criança. 

Caroline destaca que a mistura de fubá, leite, sal e açúcar, feita pelos pais nesse caso, não é recomendada, pois o bebê possui órgãos imaturos que não estão prontos para receber esse tipo de alimento com tão pouco tempo de nascimento.

A especialista conta que nesse período, o bebê tem um sistema gástrico, renal e imunológico despreparados para receber qualquer alimento além do leite materno. Sendo assim, começar uma introdução alimentar por conta própria pode prejudicar a saúde da criança. “A introdução precoce pode aumentar o risco de alergias, infecções, necroses intestinais e até mesmo levar à morte do bebê”, conta a nutricionista. 

No entanto, como saber o momento ideal para iniciar a introdução alimentar? A especialista conta que os pais precisam estar atentos aos sinais de prontidão que o bebê dá, como: ter controle da cabeça, sentar com o mínimo de apoio, se interessar pelos alimentos dos adultos, ler objetos até a boca e ter a protrusão de língua diminuida. 

A nutricionista deixa uma dica para os papais que pretendem dar início neste processo. “As principais recomendações para a introdução alimentar é começar a partir dos seis meses, ter os sinais de prontidão, não adicionar sal nos alimentos oferecidos ao bebê até um ano, não oferecer açúcar até os dois anos, oferecer alimentos em pedaços e amassados para autonomia dos bebês, e ir evoluindo a textura dos alimentos.”

Contudo, é fundamental um acompanhamento de profissionais para orientação.

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