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"Vou continuar falando em paz", diz Lula sobre os conflitos globais

Presidente brasileiro afirmou que o ato do Hamas foi terrorista

(Foto: Agência Brasil)

Nesta sexta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o ato do Hamas em atacar Israel como terrorista. A declaração ocorreu durante o café da manhã, no Palácio do Planalto, em Brasília. 

“A posição do Brasil é a mais clara e nítida possível. O Brasil só reconhece como organização terrorista aquilo que o Conselho de Segurança da ONU reconhece, e o Hamas não é reconhecido como organização terrorista”, opinou Lula.

O presidente brasileiro segue condenando o conflito no Oriente Médio, nomeado por ele como genocídio, e destacou que ninguém tem o interesse em cessar a guerra. “O ato do Hamas foi terrorista. Não é possível fazer um ataque, matar inocente, sequestrar gente da forma que eles fizeram sem medir as consequências do que vem depois”, continuou. 

Lula ainda chamou Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, de insano por não pensar nos civis que estão morrendo em meio a guerra declarada desde o dia 7 de outubro. “Insanidade do primeiro-ministro de Israel querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo que lá não tem só soldado do Hamas.”

Ainda durante o evento, o presidente afirmou que sua luta é pela paz e em resgatar os brasileiros que continuam em Gaza. “Vou continuar falando em paz, porque eu acredito que é a coisa mais extraordinária para você tentar superar o poder das balas como poder da conversa”, ressaltou. 

No dia 18 de outubro, a proposta apresentada pelo governo brasileiro sobre o conflito envolvendo Israel e o Hamas foi vetada pelos Estados Unidos durante o Conselho de Segurança da ONU. O texto que pedia pausas humanitárias aos ataques para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza teve 12 votos favoráveis, no entanto, devido o direito de veto dos países permanentes, Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, fez com que a proposta fosse rejeitada.

Lula criticou o poder de veto, chamando de loucura, o que torna o Conselho antidemocrático. “Foi vetada por uma loucura que é o direito de veto, concedido aos países titulares do Conselho de Segurança da ONU, que eu sou totalmente contra. Isso não é democrático”, disse.

“Queremos mudar o Conselho de Segurança, queremos que entre vários países (…) Queremos democratizar o Conselho de Segurança da ONU. Porque hoje ele vale muito pouco!”, completou o presidente. 

Durante a conversa com jornalistas, Lula ainda afirmou que a ONU deveria ter coragem e assegurar a criação do Estado Palestino. “ONU agora deveria ter coragem de assegurar a criação do Estado Palestino! Para viver em paz.”

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