"Sou candidato até minha morte política ser para valer", afirma Jair Bolsonaro
O ex-presidente ainda revelou que entende sua inelegibilidade como “perseguição”
(Foto: Reprodução/Agência Brasil)
Jair Bolsonaro voltou aos holofotes nesta terça-feira (11) ao afirmar, em entrevista ao colunista Igor Gadelha, que, mesmo inelegível até 2030, continuará se posicionando como candidato até que sua “morte política seja anunciada para valer”.
O ex-presidente, que considera injusta a decisão que o tornou inelegível — motivada pela reunião com embaixadores, na qual criticou as urnas eletrônicas, e pela participação no ato antidemocrático de 7 de setembro de 2022 — disse não acreditar ter cometido erros nesses episódios.
“A resposta é a mesma: essa partícula ‘se, caso, talvez’ não existe. Eu sou candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política, a não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? O que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura?”, pontuou Bolsonaro.
O ex-chefe do Executivo ressaltou que pretende reverter a decisão judicial e que pode acionar o Congresso Nacional, com o apoio do Partido Liberal (PL), para colaborar nesse projeto.
Além disso, Bolsonaro mencionou que enxerga uma “onda democrática” crescente, influenciada pelos cenários político na Argentina e nos Estados Unidos, com a possível reeleição de Donald Trump, que assumiria em janeiro de 2025.
Nesse contexto, o ex-presidente espera contar com o apoio de Trump para viabilizar sua candidatura em 2026 e acredita que o norte-americano irá “investir” no Brasil devido à sua influência e recursos.
“Eu não tenho essa liberdade toda para conversar com ele, apesar de conhecer alguns assessores que estão sendo pré-anunciados para compor seu gabinete. Mas acredito que ele tenha um interesse enorme no Brasil, pelo seu tamanho, pelas suas riquezas, pelo que representa o nosso povo. E como um país que realmente possa, como exemplo, desequilibrar positivamente para a democracia e para a liberdade em toda a América do Sul. Então, ele vai investir no Brasil sim, no meu entender, no tocante a fazer valer os valores do seu povo, que são muito semelhantes aos nossos. Que, através da liberdade de expressão, possamos aqui sonhar e não mergulhar ainda mais numa ditadura que se avizinha”, concluiu Bolsonaro.
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