Silvio Almeida afirma que Padre Júlio Lancelloti é vítima de perseguição
“Vamos tomar providência, isso não vai ficar barato!”, disse o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania
(Foto: RedeTV!)
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, classificou a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs como perseguição ao Padre Júlio Lancelloti, em entrevista ao “É Notícia”, que vai ao ar nesta quinta-feira (8).
“A perseguição tem diversas explicações. Dentre elas, a que se instalou no Brasil um clima contrário a qualquer tipo de solidariedade”, afirmou o ministro.
Júlio Lancelotti, que tem um trabalho de destaque no meio social da capital paulista, é foco principal da CPI da Câmara Municipal de São Paulo que pretende investigar as ONGs que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos usuários da região da Cracolândia.
Segundo o ministro, uma consultoria jurídica analisará as Fake News propagadas contra o religioso, que vem sendo vítima de uma campanha difamatória com ondas de denúncias. “Primeiro vamos pedir à Polícia Federal que investigue quem está por trás dessa onda de ódio. Isso é um método e podemos saber quem. E também vamos oficiar as redes sociais para diminuírem o alcance ou tirem do ar as páginas difusoras disso. Esse pedido vai ser feito e já oficiei a PF. Nós vamos tomar providências, isso não vai ficar barato!”, destacou.
Contrário a privatização do sistema carcerário brasileiro, Silvio Almeida pontuou que o processo é inaceitável e inconstitucional. “O que posso dizer falando como ministro e também como advogado e professor, acho que é um erro brutal! Primeiro por motivos de razão política, nós temos compromisso com a democracia, com direitos humanos, e não podemos abrir espaço para que o encarceramento de pessoas se torne fonte de lucro”, respaldou o ministro.
Silvio Almeida ainda destacou que conforme a Constituição o poder coletivo do Estado não pode ser transferido para terceiros. O responsável pela pasta alerta que quando a privatização pode abrir espaço para o crime organizado. “Abre mais espaço para infiltrados, para que o crime organizado possa tomar conta dos locais prisionais. Qual o grande problema que faz com que o crime organizado tenha os espaços que tem? Ausência do Estado!”, declarou.
Na entrevista gravada antes da Operação Tempus Veritatis, que teve como alvo, diversos militares e assessores políticos que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Silvio Almeida relembrou que ao assumir o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania precisou reconstruir a pasta após os quatro anos de governo bolsonarista.
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