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"Reajo de uma forma que consigo", diz Sâmia Bomfim sobre a violência política de gênero

Deputada federal citou os casos frequentes de violência que as mulheres sofrem na política 

(foto: divulgação/ RedeTV!)

Nesta quinta-feira (10), a deputada federal Sâmia Bomfim participou do "É Notícia" e destacou a violência política de gênero que as mulheres sofrem, mesmo após a lei de 2021.  

Sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro em agosto de 2021, a Lei 14.192/21 estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher em exercício de direitos políticos e em eleições. 

A representante do PSOL considerou irônico o fato de Bolsonaro ter sancionado uma lei que não cumpriu. Segundo Sâmia, uma figura política como o ex-presidente gerou grande perda na luta das mulheres. 

Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, a deputada citou a violência que sofreu por parte do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento Sem Terra (MST), tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), no último dia 3, quando o deputado perguntou se Sâmia gostaria de tomar um remédio para se acalmar ou de um hambúrguer.

“Você vê isso no plenário, deputadas sendo assediadas (…) Ou quando tem ofensas com relação à forma física, como aconteceu comigo na última semana. Isso é corriqueiro, acontece também nos partidos. É uma realidade. Agora, a gente tem essa lei que é um instrumento de defesa e vamos fazer valer!”, comentou a parlamentar. 

Para Sâmia, a condução que ocorre na CPI do MST demonstra o que é a violência política de gênero. “Se as pessoas quiserem entender o que significa, podem assistir algumas sessões da CPI do MST, em que o relator e o presidente foram os que mais cometeram violência política.”

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Conselho de Ética da Câmara foram acionados contra o presidente da CPI do MST para apurar sua conduta.

Segundo a deputada, falta punição para esse tipo de violência, no entanto, cria um debate. “No Conselho de Ética o corporativismo fala mais alto! (…) Tenho pouca expectativa de que institucionalmente tenha algum tipo de punição, até que eu vá até o final”. 

A representante das mulheres no parlamento ressaltou que precisa reagir para ser exemplo para outras. “Eu reajo de uma forma que eu consigo. Responder à altura é pedagógico para as mulheres que acompanham”, comentou Sâmia.

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