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"Quero ajudar o Boulos a ser prefeito de São Paulo", diz Juliano Medeiros


Presidente do PSOL acredita que o principal adversário para a prefeitura da capital será o "Bolsonarismo"

(foto: Divulgação/ RedeTV!)

A um ano das eleições municipais, o presidente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Juliano Medeiros, demonstrou otimismo para vitória de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura de São Paulo, em entrevista ao “É Notícia”, desta quinta-feira (5). 

Visto por Medeiros como a renovação da esquerda, Boulos vem se destacando nas pesquisas de intenções de voto para a capital paulista em 2024. “Estamos otimistas! Boulos lidera as pesquisas, São Paulo tem um histórico de apoiar governos de esquerda, tem ciclos de esquerda”, pontuou o cientista político que declarou total apoio ao representante do partido. 

Em agosto, Guilherme Boulos oficializou a aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT), que pela primeira vez não terá um candidato as eleições no município, sendo o partido que já elegeu três prefeitos na cidade e teve a maioria dos votos em Lula (Presidência) e Fernando Haddad (Governo do estado), no pleito de 2022. 

Classificado como “Candidato do Lula”, Boulos deve ter uma disputa direta com o atual prefeito de São Paulo, o emedebista Ricardo Nunes. Para Medeiros, será uma “eleição muito difícil”, contra um candidato que está em uma “encruzilhada”, tentando se desvincular da imagem de apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que quer aliança com o governador Tarcísio de Freitas. 

“Nosso adversário é o Ricardo Nunes! O Bolsonarismo! Temos que evitar que a maior cidade do país seja um polo de resistência às mudanças positivas que o presidente Lula quer fazer no país.”

Atos Golpista de 8 de janeiro

As invasões às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, foi classificada pelo historiador como “golpe fracassado” que teve apoio de setores da segurança pública do Distrito Federal.  

“Foi uma tentativa de golpe, assim que ele vai entrar para história. Um Golpe fracassado, felizmente, mas que revela a fortaleza das nossas instituições, mas também as debilidades. O risco foi alto!”, comentou Medeiros. 

O presidente do PSOL ainda destacou que os atos golpistas foram ensaiados em 12 de dezembro, quando apoiadores do ex-presidente realizaram uma série de vandalismos em Brasília, em protesto a diplomação de Lula. 

Operação Lava Jato como forma de perseguição

Medeiros diz que o legado da Operação Lava Jato no Brasil foi a perseguição política, no entanto, destacou que houve corrupção na Petrobras.

“Está claro para mim que a Lava Jato foi uma operação de caráter político para colocar no Brasil uma agenda que tinha perdido (…) Estou dizendo que não teve corrupção? Teve corrupção. Tinham problemas de governança na Petrobras. Houve desvirtuamento, mas a Lava Jato foi usada para perseguição de agentes públicos e destruição de setores”. 

O cientista político considerou que a operação não fez bem ao país. “Dizer que a Lava Jato foi boa para o país, que recuperou ativos que estavam no exterior não é verdade. Sem julgamento das pessoas que apoiaram, mas é preciso fazer revisão histórica e reconhecer que fez um mal muito grande para o país!”

PSOL apoiará a reeleição de Lula em 2026? 

Saindo da presidência do partido em novembro após seis anos, sendo substituído por Paula Coradi, Juliano Medeiros acredita que o PSOL possa apoiar novamente, em 2026, a candidatura do presidente Lula. 

“Se a democracia estiver ameaçada, não tenho dúvida que o PSOL vai ter responsabilidade e maturidade para fazer esse debate desarmado!”, afirmou.

Contudo, o entrevistado pondera que é cedo cravar o apoio e que dependerá dos projetos apresentados por Lula.

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