RedeTVi - Notícias | Política

Pai de Mauro Cid aparece em reflexo de foto usada para negociação de presente oficial, diz PF

Operação deflagrada nesta sexta aponta que itens recebidos no exterior eram vendidos nos EUA

(Foto: Reprodução/ PF)

Nesta sexta-feira (11), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Lucas 12:2, com objetivo de investigar o desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras a representantes do Brasil. 

Entre os investigados, está o general do Exército Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Segundo as investigações, Mauro Lourena Cid ajudou o filho nas negociações dos presentes recebidos. 

Ao fotografar um dos itens que supostamente negociavam com lojas especializadas em produtos com ouro ou outros metais preciosos, o pai do ex-ajudante de Bolsonato deixou o rosto aparente no reflexo da caixa do objeto. 

No documento em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determina a operação, é possível ver diálogos entre Mauro Cid e o pai. A troca de mensgaem ocorreu em janeiro, onde o ex-ajudante de ordem pede para o pai não esquecer as fotos. Mauro Lourena Cid envia uma sequência de imagens de dois objetos que seriam uma árvore e um barco dourados.

(Foto: Reprodução/ PF)

(foto: Reprodução/ PF)

Os itens em questão são apontados pela PF como presentes recebidos por Jair Bolsonaro em novembro de 2021, durante o encerramento do Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que ocorrem no Reino do Bahrein. 

(Foto: Reprodução/ PF)

O Delegado de Polícia Federal ressalta ainda que Mauro Cid revelou em mensagens o objetivo de tentar vender as esculturas douradas e a existência de recursos em dólar, apontada como propriedade de Jair Bolsonaro, em posse do General Mauro Lourena Cid.

“Aquelas duas peças que eu trouxe do Brasil: aquele navio e aquela árvore; elas não são de ouro. Elas têm partes de ouro, mas não são todas de ouro (...) Então eu não estou conseguindo vender. Tem um cara aqui que pediu para dar uma olhada mais detalhada para ver o quanto pode ofertar (...) eu preciso deixar a peça lá (...) pra ele poder dar o orçamento. Então eu vou fazer isso, vou deixar a peça com ele hoje (…)”, diz o ex-ajudante de ordem.

Veja também:

>>> "É Notícia": Sâmia Bomfim afirma que CPI do MST foi um fiasco

>>> Banco Central estuda o fim do crédito rotativo do cartão de crédito

>>> Redes sociais devem enviar postagens de Bolsonaro à PGR, decide Moraes

Assista aos vídeos e inscreva-se no canal