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Operação Lesa Pátria: PF mira em líder da oposição na Câmara dos Deputados

O deputado é suspeito de liderar atos antidemocráticos de contestação ao resultado das eleições realizados no Rio de Janeiro

(Foto: Reprodução / Redes Sociais) 

Nesta quinta-feira (18), a Polícia Federal cumpre mandatos de busca e apreensão contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) em uma nova fase da Operação denominada como Lesa Pátria, na qual investiga a organização dos atos antidemocráticos que ocorreram entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do Rio de Janeiro

O deputado federal investigado é líder da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente da república, na Câmara dos Deputados. 

Na nova fase da operação, os policiais fizeram busca e apreensão no gabinete parlamentar, e inclusive, foram até a casa de Jordy, suspeito de liderar atos antidemocráticos de contestação ao resultado das eleições realizadas no Rio de Janeiro. Para os investigadores, esses atos podem ter sido preparatórios para a destruição das sedes dos Três Poderes. 

De acordo com a PF, “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”. 

Autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, também são alvos de buscas outras pessoas envolvidas nos atos. Sendo assim, no total, dez mandados de buscas estão sendo cumpridos hoje.

Por meio das redes sociais, o deputado Carlos Jordy classificou a ação como "autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal". E afirmou que foi "acordado com fuzil no rosto pela Polícia Federal". 

Além disso, Jordy negou as acusações, afirmou que é perseguido e também criticou Moraes. “É inacreditável. Esse mandado do ministro Alexandre de Moraes é a constatação de que estamos vivendo uma ditadura. Eu em momento algum do 8 de janeiro eu incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto, em momento algum eu estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos, nunca apoiei nenhum tipo de ato tanto anterior ou depois do 8 de janeiro, embora as pessoas tivessem todo seu direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito”, disse ele. 

É a primeira vez desde início das apurações que um deputado federal é alvo de busca e apreensão na Operação Lesa Pátria.

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