Novo depoimento de Mauro Cid à PF durou mais de oito horas
Tenente-coronel foi ouvido sobre uma suposta tentativa golpe de Estado
(Foto: Agência Brasil)
O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, à Polícia Federal (PF) durou mais de oito horas.
Mauro Cid começou que a ser ouvido sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, às 15h de segunda-feira (11), e terminou por volta das 23h30, na sede da Polícia Federal, em Brasília. Ele deixou o prédio por volta de 0h15, desta terça-feira (12).
Um dos focos da audição foram as mensagens trocadas com militares e reunião sobre as “minutas golpistas”.
O depoimento de Mauro Cid fez parte de um acordo de colaboração premiada que ele próprio fechou com a PF. Já, que a oitiva do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ganhou ainda mais relevância após dois ex-comandantes das Forças Armadas confirmarem reuniões para tratar de termos de uma minuta para um golpe de Estado.
O ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, disse no dia 16 de fevereiro à Polícia Federal ter presenciado as reuniões. Além disso, no dia 1º de março, o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes confirmou a informação.
O principal objetivo do depoimento de Cid é esclarecer lacunas sobre mensagens que foram encontradas nos celulares e documentos do tenente, e pontos ainda em aberto após depoimentos de testemunhas sobre o golpe de Estado e a “Abin paralela”.
Para a CNN, o advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa do ex-ajudante de ordens, afirmou que Cid não omitiu nenhuma informação e que também não teria medo de nada.
O ex-ajudante de Bolsonaro já prestou vários depoimentos a autoridades, inclusive em oitivas anteriores chegou a omitir a informação de que o ex-presidente da República teria planejado dar um golpe de Estado para conseguir se manter no poder.
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