Moraes derruba sigilo de depoimentos de Bolsonaro, ministros e militares em inquérito de tentativa de golpe de Estado
Depoimentos de Braga Netto, Valdemar Costa Neto e Augusto Heleno também constam na lista de quebra de sigilo
(Foto: Agência Brasil)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou nesta sexta-feira (15) o sigilo dos depoimentos de civis e militares que foram ouvidos no inquérito que apura a suposta tentativa de golpe de Estado planejada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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No despacho divulgado, Moraes afirma que a decisão foi tomada “diante das inúmeras publicações jornalísticas com informações incompletas sobre os depoimentos prestados à autoridade policial”.
Essa decisão tornam públicos os depoimentos de:
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022;
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro;
- Carlos Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica;
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército;
- Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro;
- general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa;
- Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro;
- Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro;
- general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares;
- Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como "mentor intelectual" da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
- Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;
- Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército;
- Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
- Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;
- Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
- Helio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid;
- José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco;
- Laércio Vergílio;
- Mario Fernandes, comandante que ocupou cargos na Secretaria-Geral;
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército.
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército;
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, major do Exército.
A Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, deflagrada no início de fevereiro para investigar a tentativa de golpe de Estado, cumpriu 37 mandados de prisão, busca e apreensão e mais 48 medidas cautelares no Distrito Federal e em outros nove estados. Bolsonaro era um dos alvos e foi determinado que entregasse seu passaporte para as autoridades.
Conforme revelado no documento do depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele optou por permanecer em silêncio.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse à PF que discordou da hipótese levantada à época pelo então presidente sobre fraude nas urnas eletrônicas nas eleições de 2022.
Em atualização.
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