Maia espera aprovar reforma da Previdência na Câmara nesta semana
O texto precisa passar por mais um turno de votação na Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta segunda-feira (5) que espera que a tramitação da reforma da Previdência na Casa se encerre ainda nesta semana. O texto aprovado às vésperas do recesso parlamentar de julho ainda precisa passar por mais um turno de votação na Câmara.
Inclusive, a Câmara dos Deputados deve retomar nesta terça-feira (6) a discussão e a votação da proposta de reforma. Em julho, os parlamentares aprovaram, em primeiro turno, o texto por 379 votos a 131. Agora, a PEC precisa ser aprovada em segundo turno.
Por ser uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o texto só será de fato aprovado se tiver os votos favoráveis de pelo menos três quintos dos parlamentares, ou seja, 308 dos 513 deputados. Daí em diante, a reforma seguirá para o Senado.
A avaliação de Maia foi feita quando ele respondia a uma plateia de estudantes sobre quais foram os momentos da sua carreira que jugava mais importantes. Entre eles, o presidente da Câmara citou a reforma da Previdência, “espero que terminando esta semana”, disse, em evento da Fundação Estudar, na capital paulista.
Maia tem se dedicado a agenda de reuniões para agilizar a tramitação da reforma. Nesta segunda-feira almoçou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e tem jantar marcado com os líderes partidários à noite. Na semana passada, Maia esteve com o secretário da Previdência, Rogério Marinho, com o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que presidiu a Comissão Especial sobre o assunto, com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e com o presidente Jair Bolsonaro.
Reforma tributária
A presidente da Câmara mostrou-se empenhado em continuar com a agenda de reformas no país. Maia disse que o próximo tema será a reforma tributária e que ela será muito mais difícil de ser aprovada do que a previdenciária.
Ao comentar a reforma tributária e sua importância, Maia disse que quer ver se os empresários conseguem compreender que o atual sistema tributário brasileiro não resulta em crescimento e nem em geração de emprego. Ele elogiou a participação do empresariado brasileiro na reforma da Previdência e pediu o mesmo empenho na reforma tributária.
“Os empresários, não estou criticando todos, foram muito patriotas na Previdência, muito, mas eles não são atingidos pela Previdência. O que a gente quer deles agora é o mesmo patriotismo na reforma tributária, porque é um sistema distorcido que uns pagam muitos impostos e outros não pagam”, disse. “Eu acho que é isso que a gente precisa cobrar de todo mundo. Não adianta querer ser patriota no tema do outro”.
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