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Lula cobra divulgação de dados sobre eleição na Venezuela: "Apresenta a ata"

Após audição dos votos, presidente defende que haverá “obrigação de reconhecer o resultado”

(Foto: Agência Brasil)


Em entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou pela primeira vez nesta terça-feira (29) sobre o imbróglio na corrida eleitoral da Venezuela, que elegeu Nicolás Maduro pela terceira vez. A oposição, no entanto, acusa que houve fraude no processo.

Em entrevista à TV América, afiliada da TV Globo, Lula afirmou que é comum haver disputas entre os lados, mas aguarda a apresentação da ata, um documento semelhante ao boletim de urna nas eleições do Brasil, para então parabenizar o eleito.

"É normal que haja uma briga. Como se resolve essa briga? Apresenta-se a ata. Se a ata gerar dúvidas entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e aguarda a decisão da Justiça. E haverá uma decisão, que devemos acatar. Estou convencido de que é um processo normal e tranquilo", afirmou o presidente.

Ainda de acordo com ele, a obrigação de reconhecer os resultados da Venezuela existirá a partir do momento em que o resultado seja auditável.

"Quando as atas forem apresentadas e for confirmado que são verdadeiras, todos nós teremos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela", disse.

Lula e Maduro tinham uma relação próxima antes do pleito eleitoral, mas com o tempo se tornaram distantes. Na última segunda-feira (28) o PT chegou a reconhecer a vitória de Maduro, o que foi criticado por parte dos afiliados.

Para Lula, não há nada de “assustador” na nota divulgada pelo partido.

"O PT reconheceu, a nota do partido dos trabalhadores reconhece, elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram. E ao mesmo tempo ele reconhece que o colégio eleitoral, o tribunal eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso, mas a oposição ainda não.”, disse o presidente.

“Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Eu vejo a impresa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada a de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e Justiça faz.” complementou.

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