Exército quer recuperar estrutura policial do Rio com a compra de armamento e carros
A recuperação da estrutura da polícia do Rio de Janeiro deve ser uma das prioridades da intervenção federal na segurança implantada no estado. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (22) aponta que a compra de armas e novos veículos deve ser colocada em prática durante o período em que o Exército permanecer em território fluminense.
A principal prioridade da intervenção, que tem o comando do general Walter Souza Braga Netto, continua sendo a redução dos índices de violências do estado. A compra de novos equipamentos seria uma espécie de complemento para suprir a falta de estrutura que os agentes locais enfrentam nos últimos anos.
Na quarta-feira (21), o ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou que as Forças Armadas estão redirecionando o próprio Orçamento deste ano para a ação no Rio de Janeiro, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Nós temos verbas disponíveis dentro do Orçamento para a ação das Forças Armadas no Rio de Janeiro. Até o momento não há nenhum pedido especifico de recursos adicionais", disse.
Na segunda-feira (19), o ministro afirmou que, com o Orçamento de 2018 já no limite do teto de gastos, o governo federal terá que remanejar recursos de outras áreas para investir nas Forças Armadas, caso o Exército precise de mais dinheiro para atuar no Rio de Janeiro. Esses recursos podem ser usados, por exemplo, para combustível ou armamento.
Meirelles acrescentou que o pedido deve vir das Forças Armadas, mais especificamente, do general Walter Souza Braga Netto, designado como interventor. Cabe ao estado do Rio de Janeiro manter os pagamentos usuais. "O Rio de Janeiro segue cumprindo com as suas despesas normais de pagamento dos policiais, do trânsito, do combustível dos veículos, da polícia. Isso não altera, continua normalmente", diz Meirelles.
O ministro acrescentou que a pasta está trabalhando pela recuperação financeira do estado, por meio do Regime de Recuperação Fiscal dos Estados. O governo do estado recebeu um empréstimo bancário de cerca de R$ 2,9 bilhões a partir da penhora de ações da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, um novo empréstimo, que tem como garantia royalties do petróleo e deverá ser de aproximadamente R$ 1 bilhão, deverá ser feito ao Rio de Janeiro.