Ex-ministro Anderson Torres presta novo depoimento à PF nesta segunda (8)

Investigação apura os bloqueios realizados pela PRF durante o segundo turno das eleições de 2022

(Foto: Agência Brasil)

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres prestará depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (8). Ele está preso há mais de três meses por conta de uma suposta omissão no dia 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes no Distrito Federal (DF).

Na época dos atos golpistas, Torres era secretário de Segurança Pública do DF e foi afastado do cargo logo depois do episódio. Apesar disso, o depoimento de hoje será para prestar esclarecimentos sobre as ordens que deu à Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições de 2022, quando ainda era ministro de Bolsonaro.

Na ocasião, a corporação promoveu bloqueios em estradas a fim de supostamente impedir que diversos eleitores chegassem em seus locais de votação. A maior parte desses bloqueios foi registrado na região Nordeste do país. A PF suspeita que Torres articulou a operação para que eleitores de Lula não conseguissem votar.

Segundo o jornal O Globo, a PF também deve questionar o ex-ministro sobre os motivos dele ter viajado à Bahia nas vésperas do segundo turno. A investigação suspeita que a visita serviu para dar orientações aos agentes da PF e PRF sobre os bloqueios que seriam realizados no Estado.

Minuta golpista

Anderson Torres já prestou outros dois depoimentos à Polícia Federal. O primeiro foi em 18 de janeiro, quando preferiu se manter em silêncio sobre uma proposta de golpe de Estado que foi encontrada em sua casa após investigações sobre o 8 de janeiro.

Em 2 de fevereiro, por outro lado, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF afirmou que considerava a tal minuta golpista encontrada como algo "muito ruim", e que o documento estava pronto para ser descartado.

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