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Estaleiro de Cingapura relata suborno à Petrobras durante o governo FHC


(Foto: Divulgação/Mip Engenharia)

Um dos principais estaleiros do mundo relata um caso de suborno envolvendo a Petrobras entre 2001 e 2002. Reportagem da edição desta quarta-feira (27) do jornal Folha de S. Paulo aponta que o Keppel Fels, de Cingapura, fez a alegação em um acordo assinado junto a autoridades de três países.

A propina que envolve a petrolífera brasileira totalizaria U$ 300 mil e teria como destino “funcionários do governo”. À época, o país tinha Fernando Henrique Cardoso na presidência da República. O valor teria assegurado à Keppel Fels a construção da plataforma P-48.

Segundo a Folha, esta é a primeira vez que a gestão de FHC entra nos relatos da empresa de Cingapura. O acordo de leniência também aponta pagamentos de propina nos anos seguintes, durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No caso dos petistas, outras alegações já haviam aparecido anteriormente.

A primeira propina que teria sido paga no primeiro ano do governo Lula, em 2003, seria de U$ 13,3 milhões. O caso seria referente à construção de outra plataforma, a P-53, que teve um custo total de U$ 1,3 bilhão. Posteriormente, outros quatro contratos teriam sido firmados, com um pagamento total de U$ 55,1 milhões a executivos da Petrobras e membros do Partido dos Trabalhadores.

O acordo de leniência da Keppel Fels foi fechado com Brasil, Cingapura e Estados Unidos. A empresa pagou uma multa de R$ 1,4 bilhão, sendo que R$ 692,4 milhões ficaram com o Brasil.