Delações de executivos da JBS geraram 91 investigações em um ano
A delação premiada de executivos da JBS, há um ano, resultou em 91 investigações, segundo dados da Procuradoria Geral da República publicados nesta quinta-feira (17) pelo jornal Folha de S.Paulo.
[leiamais] Após a deflagração da Operação Patmos, foram citados políticos e agentes públicos em esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e caixa dois.
As colaborações feitas pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo J&F, e outros cinco executivos, levaram à cinco apurações no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outras 56 nos estados.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), o coronel João Baptista Lima Filho e o advogado José Yunes estão entre os delatados.
Ainda de acordo com o jornal, interlocutores afirmam que os irmãos Batista alegam estar em situação pior do que os denunciados.
Além de terem ficado mais tempo na cadeia (Wesley permaneceu cinco meses preso e Joesley, seis), terão que enfrentar denúncias de ilícitos provados por eles próprios.
A PGR tenta receber o aval do Supremo Tribunal Federal para anular os benefícios, como a imunidade criminal, negociados anteriormente com quatro delatores.
O pedido foi feito em setembro do ano passado pelo então procurador-Geral Rodrigo Janot depois de gravações indicarem que os executivos omitiram crimes em seus depoimentos.
O cancelamento dos benefícios ainda aguarda homologação do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.