Congresso, Planalto e STF sofrem ataque terrorista de radicais de direita
As forças de segurança usaram bombas de efeito moral, mas a ação policial se revelou tímida diante dos manifestantes
(Foto: Reprodução )
O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal sofreram ataques terroristas na tarde deste domingo (8). Radicais de direita invadiram as sedes do Legislativo, Executivo e Judiciário aos gritos de “faxina geral” e cantando o Hino Nacional.
A primeira invasão foi a do Congresso.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, os extremistas que estavam na Esplanada dos Ministérios entraram em confronto com a polícia. Durante a ação, policiais militares chegaram a tentar conter os invasores com uso de spray de pimenta. Contudo, os invasores quebraram a contenção que cercava o Congresso.
Um veículo da Força Nacional chegou a cair no espelho d’água do monumento.
No Palácio do Planalto, um policial da cavalaria ficou ferido ao ser derrubado por manifestantes na rampa. O policial foi levado ao hospital.
As forças de segurança usaram bombas de efeito moral, mas a ação policial se revelou tímida diante dos manifestantes.
Vidraças do Congresso foram quebradas durante a tentativa de invasão. Os radicais conseguiram acessar o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa.
Além do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal também foram vandalizados pelos radicais de extrema direita.
No Supremo, os participantes do ato quebraram vidros da fachada, entraram no prédio e chegaram até o plenário. No caminho, destruíram objetos.
No Planalto, os radicais chegaram até o quarto andar e depredaram a sede do Poder Executivo. Há diversos objetos (esculturas, mesas e quadros) destruídos após o ataque.
Logo após o ocorrido, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que, em uma conversa por telefone, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou que "está concentrando os esforços de todo o aparato policial, no sentido de controlar a situação". Pacheco disse ainda que repudia os atos antidemocráticos e que eles devem "sofrer o rigor da lei com urgência".
O ex-ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi exonerado pelo governador Ibaneis Rocha após a repercussão pública da pouca resistência da polícia aos atos de vandalismo.
Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, decidiu voltar de viagem à França para avaliar que medidas serão tomadas contra os criminosos.
Há conversas entre Pacheco, ministros do STF e integrantes do governo Lula para chegar a um acordo a fim de combater terroristas que invadiram as sedes dos Três Poderes. O ministro da Justiça, Flávio Dino, discute com ministros do STF como aplicar a lei contra terrorismo.
Até o momento, ao menos 400 pessoas já foram presas e 'pagarão pelos crimes cometidos', segundo Ibaneis Rocha.
"Continuamos trabalhando para identificar todas as outras que participaram desses atos terroristas na tarde de hoje no Distrito Federal. Seguimos trabalhando para que a ordem se restabeleça", disse o governador.
Em atualização:
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