Como a nova inelegibilidade afetará o Bolsonarismo? Amanda Klein avalia
TSE contabilizou placar de 2 votos a 1 pela condenação do ex-presidente
(Foto: Agência Brasil)
Jair Bolsonaro está sendo julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), podendo ser condenado novamente à inelegibilidade por oito anos. Desta vez, há três ações sobre a conduta do ex-presidente durante as comemorações do Bicentenário da Independência, em 2022.
Nesta quinta-feira (26), o TSE contabilizou placar de 2 votos a 1 pela condenação do ex-presidente, por abuso de poder político e econômico, pelo uso eleitoreiro das comemorações de 7 de setembro. A sessão foi suspensa e será retomada na próxima terça-feira (31).
Em caso de nova condenação, Bolsonaro pode ficar inelegível por oito anos pela segunda vez, mas não será somada a primeira condenação, sendo assim, ficará inelegível até o pleito de 2030.
A jornalista Amanda Klein acredita que, em caso de nova condenação, o ex-presidente não perderá apoio, mas tem peso político.
“Politicamente tem mais impacto, pois vai mostrando uma história de como o Bolsonaro abusou do poder político e econômico de diversas maneiras, o que resultou na inelegibilidade. Agora, se vai afastar os eleitores dele, acredito que não, pois o mote da perseguição continua, pois para eles não está no motivo, está que o Judiciário persegue o ex-presidente Jair Bolsonaro. Acredito que vai continuar batendo na mesma tecla”, destacou.
Amanda também afirma que as ações de Bolonaro são gravíssimas, principalmente ao ter usado de uma data histórica e cívica como palanque de campanha eleitoral. “Deveria ser um evento institucional, com a presença de outros poderes, com presença pluridisciplinares e partidárias, mas acabou sendo um evento de campanha dominado pela direta, tanto que representantes de outros poderes não participaram”.
Vice na chapa de Bolsonaro em 2022, Braga Netto também pode ser punido, ficando de fora da disputa pela Prefeitura do Rio. Mesmo não sendo o candidato oficial do PL, nas eleições municipais de 2024, o nome do ex-ministro é um potencial eleitoral para o partido na capital carioca.
Amanda analisa o cenário político da cidade em caso da inelegibilidade do vice da chapa de Bolsonaro. “Se o Braga Netto for condenado também, abri-se um flanco no Rio. Não que ele seja um candidato confirmado pelo PL, mas pode vir a ser, pois foi interventor no Rio na época do governo Temer, sendo um nome muito lembrado”.
Contudo, mesmo o PL perdendo esse nome no Rio, a jornalista afirma que outras figuras estão na disputa pela prefeitura, o deputado federal Alexandre Ramagem e o senador Carlos Portinho.
A apresentadora do RedeTV! News avalia que a votação final do TSE deve ficar em seis votos a um para a inelegibilidade do ex-presidente, mantendo apenas a divergência do ministro Raul Araújo, que entendeu que não impede a realização de comícios após atos oficiais.
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