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Cármen Lúcia homologa delações de executivos da Odebrecht

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, homologou as delações de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Setenta e sete pessoas prestaram depoimentos. O próximo passo é o encaminhamento dos documentos para a Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela análise do material.

Na sexta-feira (27), os juízes auxiliares do STF concluíram a fase de depoimentos complementares dos 77 delatores ligados à Odebrecht na Operação Lava Jato. Em razão da morte do ministro Teori Zavaski, relator da Lava Jato no Supremo, os integrantes da Corte discutiam a quem caberia fazer a homologação.

Um dos últimos depoimentos foi o do empresário Marcelo Odebrecht. Ele prestou depoimento na manhã de sexta na sede da Justiça Federal, em Curitiba. O objetivo foi confirmar se o executivo, que está preso na capital paranaense desde junho de 2015, concordou por vontade própria, e sem ser coagido, em firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) para fornecer detalhes sobre o esquema de corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht e a Petrobras. Outro executivo da empresa também foi ouvido por Marcio Schiefler na sexta-feira.

Os depoimentos haviam cessado após a morte do ministro relator, mas os juízes auxiliares do ministro foram autorizados, na última terça-feira (24), a retomar os procedimentos. A ordem partiu da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, a quem cabe decidir sobre atos urgentes durante o recesso.