Zelensky diz que Rússia pode utilizar armas químicas e pede mais sanções
Ministério da Defesa ucraniano suspeita que os russos já tenham utilizado bombas de fósforo branco em Mariupol
(Foto: Reprodução/Twitter: @Mod_Russia)
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou na segunda-feira (11) que suspeita que a Rússia possa utilizar armas químicas durante a invasão. As informações são da Reuters.
Diante disso, Zelensky pediu que o Ocidente adote sanções ainda mais fortes contra a Rússia para impedir, inclusive, conversas sobre o uso dessas armas.
“Gostaria de lembrar aos líderes mundiais que o possível uso de armas químicas pelos militares russos já foi discutido. E já naquela época significava que era necessário reagir à agressão russa de forma muito mais dura e rápida”, alertou o ucraniano.
A ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, informou que a principal suspeita é que a Rússia já tenha atacado a cidade de Mariupol com bombas de fósforo branco, que são proibidas no mundo inteiro pela Convenção de Armas Químicas, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ainda não há um posicionamento por parte dos russos.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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