Volodymyr Zelensky anuncia chegada de 16 mil voluntários que lutarão pela Ucrânia
Presidente da Ucrânia também ressaltou a força e a fé da população diante da guerra contra Rússia
(Foto: Divulgação/Governo da Ucrânia)
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou na manhã desta quinta-feira (3) que 16 mil voluntários estão chegando para lutar junto com o exército ucraniano contra os invasores russos.
Zelensky ainda relembrou o início e avanço da pandemia de Covid-19 no país e de como a população foi forte e lutou contra o momento difícil. Para ele, a invasão por parte da Rússia é mais uma doença que os ucranianos estão enfrentando e novamente vão superar.
“É uma doença grave de anexação e ocupação de terras dos outros. A Rússia invadiu a Ucrânia e as primeiras horas da guerra foram muito difíceis, mas fomos fortes, unidos e continuamos resistindo”, destacou Zelensky.
O presidente ucraniano ainda reforçou que a Rússia pode destruir todas as catedrais e igrejas do país, mas que nunca destruirão a fé que as pessoas têm na Ucrânia. Além disso, Zelensky informou que o país receberá 16 mil voluntários dispostos a ajudar o país na guerra.
“Vá para casa, defenda seus russos pelo mundo na sua própria casa”, finalizou o ucraniano em recado ao presidente russo, Vladimir Putin.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).
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