Vacina desenvolvida na Inglaterra será testada em humanos a partir de quinta (23)
Para acelerar as pesquisas, o governo britânico investiu mais de 250 milhões de reais
Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, irão começar a realizar testes em humanos de uma vacina para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, nesta quinta-feira (23). O governo britânico investiu cerca de R$ 275 milhões à disposição das pesquisas desenvolvidas.
Mais de mil pessoas saudáveis foram recrutadas para os testes em humanos. Elas serão divididas em dois grupos — um deles irá receber a droga que está sendo estudada. Esta fase do programa deve durar seis meses e, enquanto isso, o governo coordena o trabalho entre os laboratórios do país. O objetivo é deixar toda a cadeia produtiva do país preparada para fabricar dezenas de milhões de doses que serão necessárias.
“Em tempos normais, chegar a esta etapa demoraria anos”, explicou o secretário de Saúde britânico, Matthew Hancock, em entrevista coletiva nesta terça-feira (21). Segundo ressaltou ele, o processo para desenvolver uma vacina é uma questão de “tentativa e erro”.
E mesmo com as incertezas, “as vantagens de ser o primeiro país do mundo a desenvolver uma vacina bem-sucedida são tão grandes que estou alocando todos os recursos possíveis”, afirmou.
O secretário anunciou que investiu 20 milhões de libras esterlinas (R$ 131 milhões) à disposição da equipe de Oxford e destinou outros 22 milhões (R$ 144 milhões) a outro projeto de vacina desenvolvido pelo Imperial College London. “Vamos dar todos os recursos necessários para maximizar as oportunidades de que tenham sucesso o mais rápido possível”, destacou.
E em meio ao processo das duas pesquisas, o governo britânico também continuará a investior no aumento da capacidade de manufatura. “Desse modo, se alguma dessas duas vacinas funcionar e for segura, poderemos fazer com que esteja disponível para os britânicos assim que for humanamente possível”, ratificou Hanckock.
Corrida da vacina
O desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus também está sendo realizado em outras partes do mundo, como China e Itália. As previsões mais otimistas indicam que, se tudo certo, o medicamento estará disponível no ano que vem.
O conselheiro científico do governo britânico, Patrick Vallance, afirmou nesta semana que o processo de desenvolvimento de uma vacina pode ser longo, mesmo que mostre sinais positivos de que pode proteger contra o coronavírus.
“Todas as novas vacinas que começam a ser desenvolvidas são projetos a longo prazo. Só algumas acabam sendo bem-sucedidas. Com o coronavírus não será diferente”, analisou.
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