Vacina da Pfizer contra Covid-19 é mais de 90% eficaz, diz estudo preliminar da fase 3
Análise ocorreu após 94 participantes desenvolverem a Covid-19 e examinar quantos deles receberam a vacina em comparação com o placebo
A farmacêutica estadunidense Pfizer anunciou nesta segunda-feira (9) que sua vacina experimental contra a Covid-19 é mais de 90% eficaz, de acordo com dados iniciais do estudo da fase 3. Nenhuma reação, sintomas e/ou preocupação séria de segurança foram encontrados no imunizante, que é desenvolvido em parceria com a alemã BioNTech.
Agora, as empresas esperam obter autorização de uso emergencial nos EUA ainda neste mês. As fabricantes de medicamentos são as primeiras a apresentar dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em grande escala de uma vacina contra o coronavírus. "Hoje é um grande dia para a ciência e a humanidade", afirmou Albert Bourla, CEO da Pfizer, em um comunicado oficial.
"Estamos alcançando esse marco crítico de desenvolvimento do nosso programa de vacina no momento em que o mundo mais precisa, com taxas de infecção atingindo novos recordes, hospitais quase excedendo a capacidade e as economias lutando para reabrir", afirmou Bourla.
A análise provisória foi conduzida após 94 participantes do estudo desenvolverem a Covid-19 e examinar quantos deles receberam a vacina em comparação com o placebo. Para confirmar a taxa de eficácia, a Pfizer disse que vai continuar o estudo até que haja 164 casos de Covid-19 entre os participantes.
Bill Gruber, um dos principais cientistas de vacinas da farmacêutica, afirmou que esse número pode ser alcançado no início de dezembro, dado o recente aumento as taxas de infecção nos EUA. "Estou quase em êxtase", afirmou. "Este é um grande dia para a saúde pública e para o potencial de nos tirar a todos das circunstâncias em que estamos agora."
Os dados ainda não foram revisados por pares, passo necessário para que os resultados sejam publicados em revista científica. A Pfizer disse que essas etapas vão ocorrer assim que todos os números do estudo ficarem disponíveis. A vacina é testada no Brasil, junto com as candidatas da AstraZeneca/Universidade de Oxford (Reino Unido), Johnson & Johnson (EUA) e Sinovac Biotech (China).
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