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Rússia volta a atacar complexo de Azovstal, diz Ucrânia

O complexo é último ponto de resistência dos ucranianos em Mariupol

(Foto: AP)

A Rússia voltou a atacar a região do complexo metalúrgico de Azovstal, em Mariupol, segundo informou o governo ucraniano neste sábado (23).

Ainda de acordo com os ucranianos, o complexo conta com a presença de pelo menos 2 mil soldados e mil civis que resistem à ofensiva russa.

Nesta semana, apesar da resistência, a Rússia informou que havia tomado a cidade Mariupol, a mais afetada desde o início da invasão, mas que havia desistido de tentar tomar o complexo de Azovstal, que tem cerca de 6 mil Km².

O presidente russo, Vladimir Putin, inclusive, disse que os soldados e civis ucranianos teriam a segurança garantida e ordenou que os ataques no local fossem cessados.

Apesar da ordem, o conselheiro da Presidência da Ucrânia, Oleksiy Arestovych, disse que os ataques aéreos retornaram durante esta manhã, e que russos tentam entrar na região por terra.

Até o momento, não há um posicionamento da Rússia.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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