Rússia inicia operação militar e ataques são registrados na Ucrânia
O governo da Ucrânia emitiu uma nota informando que pelo menos 40 pessoas morreram durante os ataques
(Foto: AP)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou nesta quinta-feira (24) uma operação militar para invadir regiões da Ucrânia. O Exército russo afirma que os alvos são bases aéreas ucranianas não povoadas. O ataque teria partido das fronteiras de Bielorrússia e Crimeia. A Ucrânia informou ter abatido cinco aviões russos e um helicóptero, de acordo com agências internacionais. As autoridades já registraram mortes em decorrência dos ataques.
Durante esta madrugada foram registradas diversas explosões e ataques com mísseis em pelo menos cinco cidades ucranianas, incluindo a capital, Kiev.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que o mundo para Vladimir Putin. Ele informou que a Ucrânia se defenderá e vencerá a agressão causada pelo presidente russo.
O governo da Ucrânia adotou a lei marcial e pediu que a população não saia de casa. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, repudiou prontamente a atitude do Kremlin e disse que o país “escolheu uma guerra”. Biden também pediu orações de todo o mundo.
É esperado que os países do Ocidente anunciem mais uma rodada de sanções contra a Rússia. Joe Biden ainda informou que não enviará soldados à Ucrânia porque o país não faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial, mas que o G7 realizará uma reunião.
Mais ataques
Um assessor próximo ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky disse que o país está sendo atingido por uma segunda onda de ataques por parte da Rússia.
Um repórter da agência de notícias internacionais Reuters relatou que ouviu novas explosões em Kiev ao meio dia (por volta de 7h em Brasília).
O governo da Ucrânia emitiu uma nota informando que pelo menos 50 pessoas morreram durante os ataques.
Entenda o conflito
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e, nesta semana, se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão nesta quinta-feira (24).
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