Rússia e Ucrânia realizam 4ª rodada de negociações
Representante ucraniano informou que encontrar uma solução está difícil
(Foto: Reprodução/Twitter: @Podolyak_M)
Os negociadores de Rússia e Ucrânia realizam nesta segunda-feira (14) a quarta rodada de conversas para tentar encerrar a guerra que já dura 19 dias. As conversas, desta vez, estão sendo realizadas por vídeo.
Mais cedo, o assessor da presidência ucraniana, Myhailo Podoliak, publicou um vídeo em sua conta oficial do twitter, junto com um texto que citava a negociação.
“Negociações. 4ª rodada. Pela paz, cessar-fogo, retirada imediata das tropas e garantias de segurança. Discussão difícil. Embora a Rússia perceba o absurdo de suas ações agressivas, ainda tem a ilusão de que 19 dias de violência contra Ucrânia e cidades pacíficas é a estratégia certa”, escreveu.
Por volta das 7h, Podoliak publicou uma foto na mesma rede social e disse que as duas partes expressaram especificadamente suas posições. Ele ainda afirmou que, apesar da tentativa, está difícil encontrar uma solução.
“A razão para a discórdia é o sistema político muito diferente. A Ucrânia tem um diálogo livre dentro da sociedade e um consenso obrigatório. A Rússia é um ultimato de supressão de sua própria sociedade”, disse o assessor.
Até o momento o que foi acordado nas últimas reuniões foi a organização dos corredores humanitários, mas a princípio o acerto não foi respeitado pelos russos que, segundo os ucranianos, bombardearam e sabotaram a rota desses corredores.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
Veja também!
>>> Zelensky anuncia que Mariupol receberá ajuda humanitária
>>> Negociador russo diz que delegações podem chegar a 'posição conjunta' em breve
>>> Quarta rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia será nesta segunda-feira (14)
Assista aos vídeos e inscreva-se no canal da RedeTV! no YouTube