Rússia diz que invasão acaba quando Ucrânia atender demandas
O porta-voz russo declarou que a desmilitarização da Ucrânia está sendo concluída
(Foto: Pixabay)
O porta-voz da Rússia Dmitry Peskov, informou nesta segunda-feira (7), algumas condições para que o conflito na Ucrânia acabe.
De acordo com ele, é preciso que a Ucrânia atenda todas as exigências para que a invasão se encerre. Entre as condições estão:
- - Fim das ações militares ucranianas
- - Mudar a constituição em prol da neutralidade
- - Reconhecer a Crimeia como território da Rússia
- - Reconhecer Donetsk e Luhansk como regiões independentes
Sobre a neutralidade citada, Peskov diz que a constituição ucraniana precisa ser alterada para impedir que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) entre no país.
O porta-voz declarou, ainda, que a desmilitarização da Ucrânia está sendo concluída e que, assim que o país interromper as ações militares, ninguém mais irá atirar.
Uma nova rodada de negociações entre os dois países está acontecendo desde às 11h (horário de Brasília) em Belarus.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).
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