Rússia diz que candidaturas à Otan de Finlândia e Suécia são 'grave erro'

Declaração foi dada pelo vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, nesta segunda-feira (16)

(Foto: AP)

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse nesta segunda-feira (16) que as possíveis adesões à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) da Finlândia e Suécia são “um grave erro” que causarão o aumento das tensões entre Rússia e Ocidente. As informações são da agência Interfax.

"É um grave erro adicional, cujas consequências terão um longo alcance”, disse Ryabkov.

O Kremlin já havia alertado nos últimos dias que caso os dois países fizessem parte da aliança militar ocidental, “retaliações sem precedentes” seriam tomadas. Segundo o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, o país “acompanhará de perto” as candidaturas.

Ainda segundo o vice-ministro russo, a segurança de Suécia e Finlândia não será reforçada com a adesão à Otan. Ambos os países deixaram um status histórico de neutralidade militar para fazer parte da aliança militar. A decisão dos países ganhou força após a invasão da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Valeu lembrar que um dos motivos do conflito atual causado pela Rússia com a Ucrânia foi justamente a possibilidade do país fazer parte da Otan. A Finlândia, por exemplo, é o segundo país com maior fronteira com os russos: 1.300 Km.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

Veja também!

>>>Bolsonaro e apoiadores realizam 'lanchaciata' em Brasília, DF

>>>Partido governista apoia candidatura da Suécia à Otan

>>>Atirador de Buffalo era supremacista branco e investigado pela polícia de NY

Assista aos vídeos e inscreva-se no canal da RedeTV! no YouTube