Profissionais do sexo protestam por reabertura de bordéis na Alemanha
Estabelecimentos estão fechados desde março
(Foto: Divulgação/Frankfurter Corner)
Um grupo de trabalhadoras sexuais da Alemanha organizou um protesto nesta sexta-feira (3) em frente à câmara alta do parlamento, exigindo a reabertura de bordeís do país. Os estabelecimentos estão fechados há quatro meses.
As manifestantes gritavam palavras de ordem e carregavam uma boneca inflável vestida com camisolas vermelhas e guarda-chuvas da mesma cor. Além de faixas com mensagens como: “Vamos trabalhar” e “Abram os bordéis”.
O fechamento dos bordéis se deu em março como uma das medidas adotadas para tentar frear o avanço do novo coronavírus (Covid-19). Na Alemanha, a prostituição é legalizada e regulamentada por lei, com as profissionais tendo direito inclusive à aposentadoria.
Em nota enviada à agência de notícia France Press (AFP), a Associação Federal de Serviços Eróticos e Sexuais classificou a manutenção do fechamento das casas como “incompreensível em vista do desenvolvimento de outros setores”.
"Cabeleireiros, salões de massagens, salões de beleza, academias, estúdios de tatuagem, saunas, restaurantes e hotéis foram autorizados a reabrir. Mas profissionais do sexo parecem ter sido esquecidos pelos políticos”, dizia a nota.
“As instalações de prostituição estão sujeitas a regulamentos particularmente rígidos e são obrigadas a oferecer a seus profissionais do sexo um ambiente de trabalho seguro e higiênico”, concluiu a associação.
Vizinhos já reabriram
Em outros países onde a atividade de profissionais do sexo também é regulamentada, como Suíça, Bélgica, Áustria, República Tcheca e Holanda as atividades das casas de tolerância já foram retomadas com a adoção de alguns protocolos de segurança.
No tradicional “Distrito da Luz Vermelha”, em Amsterdam, foram reabertos no final de junho com a exigência de realização de testes por parte das trabalhadoras e medição da temperatura dos clientes.
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