Presidente mexicana põe em ação campanha nacional de desarmamento
Contra a proliferação de armas de fogo, presidente toma iniciativa
(Foto: Reprodução/Instagram)
Nesta sexta-feira (10), Claudia Sheinbaum, atual presidente do México, lançou oficialmente sua campanha contra a proliferação de armas de fogo, no saguão da Balísca de Guadalupe, na Cidade do México.
Nomeado como "Sim ao desarmamento, sim à paz", o programa incentiva os proprietários de armas de fogo a entregá-las de forma anônima nas igrejas, recebendo dinheiro em troca.
"Este programa consiste em que, sem investigar ninguém, se há uma arma no lar, que a entreguem, recebam recursos econômicos em troca e a arma seja destruída", declarou a presidente durante cerimônia.
Como forma simbólica, uma arma foi destruída pelos próprios militares. Além disso, crianças acompanhadas de seus pais puderam trocar suas armas de plástico por outros brinquedos.
"Para que ensinar a nossos filhos ou a nossas filhas algo que tenha relação com a violência?", questionou Sheinbaum.
O programa público de desarmamento será expandido para todo o país, com o apoio das igrejas mexicanas e a coordenação dos ministérios da Defesa, Governança (Interior) e Segurança Pública.
Em troca de uma arma artesanal, o valor pago será de 1.045 pesos (pouco mais de R$ 300), enquanto por uma metralhadora o pagamento pode chegar a 26.450 pesos (aproximadamente 8 mil reais).
Lançado em maio de 2019, na Cidade do México, o programa foi criado pela atual presidente, que na época era prefeita da capital, com 9,2 milhões de habitantes.
Em 2023, o México registrou 31.062 homicídios, dos quais 70% foram cometidos com armas de fogo, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INEGI).
A maioria dos homicídios está relacionada a confrontos entre grupos criminosos pelo controle de rotas e mercados do tráfico de drogas, conforme afirmou o ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024).
Além disso, o governo mexicano processou fabricantes de armas dos Estados Unidos, acusando-os de alimentar a violência no país.
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