Presidente dos EUA proíbe importação de petróleo da Rússia
Joe Biden anunciou a medida em um pronunciamento nesta terça-feira ( 8 )
(Foto: AP)
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (8) a proibição da importação de petróleo russo por parte dos portos americanos.
“Queremos aumentar a pressão contra a máquina de guerra de Putin”, disse o presidente dos EUA em um pronunciamento.
A imprensa americana já havia antecipado que Biden poderia anunciar a medida como forma de sanção à Rússia por conta da guerra na Ucrânia.
Biden ainda alertou que o preço da gasolina vai subir, mas que parte das reservas nacionais serão liberadas.
A Rússia, por outro lado, disse que se a medida for adotada pela União Europeia (UE) o país irá cortar o fornecimento de gás para o continente. Segundo a BBC, cerca de 40% do gás e aproximadamente 30% do petróleo consumidos na UE são originados da Rússia.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).
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