Presidente da Ucrânia convoca cidadãos à luta contra Rússia
Em pronunciamento, ele informou que há armamento, que militares estão feridos e pediu que a população geral doe sangue
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou para que se apresentem ao exército todos os cidadãos aptos a lutar pelo país. Isso acontece após a Rússia fazer “operação militar especial” no país nesta quinta-feira (24).
A convocação foi feita por Zelensky em pronunciamento feito para a nação. O presidente se comprometeu a distribuir armamento aos que podem lutar, indicou que militares estão feridos e pediu doação de sangue para população geral.
“Nós temos armas defensivas para defender nossa soberania”, disse o presidente, que ainda indicou que a Rússia tem sofrido baixas maiores de soldados do que a Ucrânia.
O presidente pediu a união dos ucranianos para defender a liberdade do país. “Não temos oponentes políticos agora. Somos todos cidadãos de um pais maravilhoso e defendemos nossa liberdade”.
As relações diplomáticas também foram cortadas entre os dois países “Nós cortamos relações diplomáticas com a Rússia. A Ucrânia esta se defendendo e não deve perder sua liberdade. O direito de defender nossas vidas é nosso maior valor”, completou.
Entenda o conflito
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e, nesta semana, se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão nesta quinta-feira (24).
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