Partido governista apoia candidatura da Suécia à Otan
Finlândia também deve aderir à aliança militar do Ocidente; Vladimir Putin afirmou que decisão é um erro
(Foto: AP)
O Partido Social-Democrata, que governa a Suécia atualmente, permitiu neste domingo (15) que o país envie a candidatura para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Assim como a Suécia, a Finlândia, país vizinho, também vai pedir a adesão à aliança militar do Ocidente.
A decisão foi tomada durante uma reunião extraordinária. A direção informou que o partido colaboraria com a candidatura da Suécia, mas que é contrário à instalação de bases militares da Otan e de armas nucleares no território sueco.
Apesar do aval, alguns integrantes do partido criticaram a decisão, acreditando que era algo precipitado e apenas para seguir o calendário da Finlândia.
O partido de extrema-direita Democratas da Suécia (SD) no Parlamento afirmou que é favorável à adesão se for algo em conjunto com o país vizinho. A previsão é que a candidatura seja apresentada ao Parlamento na segunda-feira (16).
Diante da movimentação, Vladimir Putin, presidente da Rússia, já afirmou que considera as decisões dos países um erro e que haverá retaliações. Vale lembrar que um dos motivos da guerra na Ucrânia foi justamente a possibilidade do país fazer parte da aliança militar ocidental.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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