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Pandemia de coronavírus está "acelerando", alerta OMS

Segundo a organização, há mais de 300 mil casos registrados no mundo

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus - (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A pandemia de coronavírus está "acelerando", com mais de 300 mil casos registrados no mundo e notificações em quase todos os países, alertou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Embora tenham se passado 67 dias entre o primeiro caso relatado e a marca de 100 mil casos de Covid-19, bastaram 11 dias para se chegar aos 100 mil casos seguintes e só quatro dias para a terceira leva de 100 mil casos, disse Ghebreyesus.

"Mas não somos prisioneiros das estatísticas. Não somos testemunhas impotentes. Podemos mudar a trajetória desta pandemia", disse Tedros em entrevista pela internet com mais de 300 repórteres.

Ele pediu um comprometimento político global, apelando aos países para que adotem medidas defensivas e agressivas.

"Pedir às pessoas que fiquem em casa e outras medidas de distanciamento social é uma maneira importante de frear a disseminação do vírus e ganhar tempo, mas são medidas defensivas", afirmou.

"Para vencer, precisamos atacar o vírus com táticas agressivas e específicas – examinando cada caso suspeito, isolando e cuidando de cada caso confirmado e rastreando e colocando em quarentena cada contato próximo".

O chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, perguntado sobre os Jogos Olímpicos de Tóquio, disse que a organização está contribuindo com as deliberações do Comitê Olímpico Internacional (COI), do governo japonês e do comitê da Tóquio 2020.

Austrália e Canadá já disseram que não participarão dos jogos, e os organizadores estão sendo cada vez mais pressionados a adiá-los pela primeira vez nos 124 anos da história moderna do evento.

"Acredito que uma decisão será tomada muito em breve", afirmou Ryan.

Ele disse que qualquer decisão de adiamento seria tomada pelo Japão e pelo COI, acrescentando: "Temos toda a confiança de que o governo japonês e o COI não prosseguirão com os jogos se for perigoso para atletas e espectadores."

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