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ONU aprova resolução que condena invasão da Ucrânia pela Rússia

141 países votaram a favor, 5 contra e 35 se abstiveram 

(Foto: Reprodução/RedeTV!)

Nesta quarta-feira (2), a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução contra a invasão e os ataques feitos pela Rússia na Ucrânia. 141 países foram a favor, 5 votaram contra e 35 se abstiveram. Durante a reunião, o Brasil votou a favor. 

Ao justificar seu voto, o embaixador brasileiro nas Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, afirmou que o trabalho para o término da guerra exige esforços  dos dois lados. “A paz exige a retirada de tropas e um trabalho amplo das partes. A resolução não pode ser entendida como algo que permita a aplicação indiscriminada de sanções”, disse o embaixador. 

“O Brasil continua a pedir a todos os atores a desescalada e renovação dos esforços em favor de um acordo diplomático”, ressaltou  Costa Filho.

Ao decorrer da votação, o governo americano mencionou que ser a favor da resolução, faz com que a soberania e a integridade territorial possa ser estabelecida. “Votar pela resolução é votar pela soberania e integridade territorial de todos”. 

Segundo a delegação ucraniana, o momento atual define a geração futura e isso precisa ser zelado. "Estamos vivendo um momento definidor de nossa geração", disse a delegação. "Cabe a nós salvar as futuras gerações", ressaltou. 

Antônio Guterres, secretário-geral da ONU, disse, pouco após a aprovação da resolução, que a decisão repete uma verdade central, "que o mundo quer o fim do sofrimento na Ucrânia". Ele falou, ainda, sobre como os países têm se unido para colaborar com a Ucrânia.

Valentin Rybakov, embaixador de Belarus na ONU, disse que a distribuição descontrolada de armas já levou ao aumento da violência e de roubos na Ucrânia. Ele, que é aliado do presidente russo Vladimir Putin, afirmou que pessoas inocentes estão sendo mortas no país. "Por que vocês estão silenciosos a esse respeito?", questionou Rybakov, defendendo que os ucranianos estão matando civis estrangeiros.

Rybakov pediu, ainda, que a Ucrânia abra um corredor humanitário para que pessoas possam sair do país pela fronteira com Belarus. Segundo ele, a fronteira belorussa está aberta. Ele disse, também, que lamenta as mortes e que só as negociações podem resolver o conflito.

Civis atacados na Ucrânia

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfied, afirmou que a guerra foi decisão de um único homem, Putin. E disse que a Rússia está atacando civis e que, enquanto o Conselho de Segurança discutia a paz [na semana passada], Putin começava a guerra. "A Rússia bombardeou orfanatos, hospitais, jardins de infância, espalhou fome". Linda agradeceu aos países que estão recebendo refugiados da Ucrânia.

O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergei Kislitsia, afirmou que o povo ucraniano "luta enquanto é bombardeado". Ele agradeceu a união e o apoio aos refugiados ucranianos e disse que as tropas russas estão cometendo crimes contra a humanidade, "crimes tão bárbaros que é difícil compreender. Ucranianos estão sendo mortos por mísseis e outros tipos de armas. Nós não provocamos essa escalada de tensão. Crimes internacionais continuam sendo cometidos na Ucrânia. Isso é um erro. A maldade nunca vai parar, vai avançar e avançar. Precisamos evitar que os russos vão adiante".

Os países que votaram contra a resolução da ONU foram a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Eritreia.

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