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ONU afirma que 127 civis foram mortos durante conflito na Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia confirmado 137 soldados mortos e 316 feridos desde o início da invasão russa

(Foto: AP Images)

Há pelo menos 127 pessoas mortas em decorrência do ataque da Rússia na Ucrânia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (25) pela agência italiana ANSA.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, no entanto, que há pelo menos 137 soldados mortos e 316 civis feridos desde o início da invasão das tropas russas no país.

A ONU informou em nota, que cerca de 1800 manifestantes russos foram presos por se mostrarem contra o ataque na Ucrânia.

“A prisão de indivíduos por exercerem seus direitos à liberdade de expressão ou de reunião pacífica constitui uma privação arbitrária de liberdade”, reiterou a Porta-voz da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

A Organização permanece monitorando a situação de perto e afirmou que a ação militar da Federação Russa viola claramente o direito internacional e que deve ser imediatamente interrompida.

Entenda o conflito

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e, nesta semana, se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão nesta quinta-feira (24).

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