Número de refugiados passa de 4 milhões e ONU tenta encontrar solução para a crise na Ucrânia
Representante do Acnur vai se reunir com representantes do governo ucraniano, em Lviv, nesta quarta (30)
(Foto: Reprodução/Twitter: @Refugees)
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informou nesta quarta-feira (30) que o número de refugiados da Ucrânia já ultrapassa os 4 milhões.
De acordo com o líder da agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), Filippo Grandi, os 4.019.287 é um marco, e o maior fluxo de exilados desde a Segunda Guerra Mundial.
Do total, cerca de 2,5 milhões de refugiados seguiram para a Polônia, o país é o que mais recebeu os que fogem da guerra iniciada em 24 de fevereiro. O Acnur estima que outras 6,5 milhões pessoas se deslocaram para regiões dentro da Ucrânia.
Ainda de acordo com a estimativa do Acnur, 13 milhões ainda estão em regiões atacas e não conseguiram fugir do país.
Segundo Filippo Grandi, nesta quarta-feira haverá uma reunião com representantes do governo ucraniano, em Lviv, para encontrar uma solução para a crise humanitária.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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