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Número de refugiados na Ucrânia chega a 2,8 milhões, segundo a ONU

O Acnur estima que cerca de 4 milhões de pessoas deixem o país

(Foto: Reprodução/Twitter: @Filippo Grandi)

O número de refugiados da Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro subiu, nesta segunda-feira (14), para mais de 2,8 milhões de pessoas, segundo o Alto-comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

A estimativa do Acnur é que o número de refugiados possa chegar a 4 milhões, no entanto, de acordo com funcionários da União Europeia, a marca pode chegar em 5 milhões de pessoas.

A maior parte dos exilados tem buscado abrigo na Polônia, que já recebeu mais de 1 milhão de pessoas.

Segundo o líder da agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), Filippo Grandi, o fluxo de refugiados atual já representa o maior desde a Segunda Guerra Mundial.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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