Mulher é condenada à prisão após matar o pai que a estuprou por 40 anos
(Foto: Reprodução)
A britânica Barbara Coombes, de 63 anos, confessou ter matado o próprio pai, Kenneth Coombes, que tinha 87 anos à época, e enterrado o cadáver no jardim por mais de uma década, e acabou condenada à prisão. A mulher alega ter sido violentada centenas de vezes durante quase 40 anos e chegou a ter um filho com seu progenitor - o bebê morreu poucos dias após o nascimento.
Segundo o processo, Barbara acertou a nuca do pai com uma pá após encontrar fotos dela, ainda na infância, e de outra criança nuas na sua casa em Stockport, na Inglaterra. Após o crime, ela enrolou o corpo em um tapete e enterrou embaixo uma árvore no seu quintal pelos anos seguintes. Para a família, ela justificou dizendo que o idoso morreu de forma inesperada e foi cremado.
"Esse é um dos casos mais trágicos que já assisti. Esta senhora, que sempre foi boa pessoa, matou o próprio pai após 40 anos de abusos sexuais, mentais e físicos. Foi violada centenas de vezes e foi tratada todo esse tempo como uma escrava sexual. É claro como a água que ela não aguentou a pressão", disse o advogado da mulher no tribunal.
O crime foi descoberto quando a associação de moradores tentou visitar o idoso, que estaria com 99 anos, e que já não era visto há muito tempo. Na visita, a filha levantou suspeitas, e no dia seguinte foi a polícia confessar tudo.
O juiz não aceitou a tese de legítima defesa, mas levou em conta que ela sofria de estresse pós-traumático e depressão por conta dos abusos. Diante disso, ela foi sentenciada a nove anos de prisão.
A sentença foi criticada por internautas, que defenderam que o homem mereceu e ela não poderia ser presa por matar seu agressor. "Barbara é uma heroína, ela não deveria ir para a prisão. A corte precisa parar de punir as vítimas e começar a protegê-las".